sábado, 24 de janeiro de 2009

Vida Cristã com bom humor - O impacto do bom humor sobre o estresse e a saúde


É bom ter bom humor como cristão e também saúde, mas alguns de nossos irmãos esquecem da importância de viver uma vida cristã com qualidade. Aqui vai algumas dicas importantes para viver de bem com a vida e com saúde.

Alimentar-se equilibradamente, evitar carnes vermelhas e gordurosas, praticar exercícios físicos regularmente, dormir número satisfatório de horas, ter a vida regrada, não cometer exageros e excessos, e outras tantas recomendações espartanas já está provado: talvez você não viva mais, mas sua vida vai parecer uma eternidade.

Essa brincadeira sugere, singelamente, que as atitudes necessárias para um modo de vida politicamente correto, podem ser medidas que fazem viver mais, mas nem sempre, melhor. Viver mais, não significa viver melhor, automaticamente, ou seja, quantidade não é sinônimo de qualidade.

Há alguns anos, afirmar que existia uma vinculação direta entre o humor e a boa saúde era quase uma heresia para a ciência. Hoje em dia, a medicina em geral e a psiquiatria, em particular, estudam muito a importância do bom humor, dos bons sentimentos e da afetividade sadia na qualidade de vida e na saúde global da pessoa. Sobretudo, na prevenção de doenças e como fator de melhor recuperação de moléstias graves, entre as quais o câncer (veja Câncer e Emoção).

Patch Adams é o nome de um filme, protagonizado por Robin Williams, que conta a história de um estudante de medicina esforçado, de todas as maneiras possíveis, em mostrar a importância de humanizar a profissão médica, bem como a importância do humor como meio para atingir o bem-estar dos doentes.

Afortunadamente, parece que hoje, salvo infelizes exceções, já não existe dúvida nenhuma sobre a relação que existe entre o estresse, seja ele físico ou emocional, e a saúde orgânica, incluindo o funcionamento do sistema imunológico e o desenvolvimento de alguns tipos de câncer.

Da pesquisa dessas questões, dedica-se uma parte bastante nova da medicina que é a psiconeuroimunologia, ou seja, o estudo da maneira pela qual as emoções influem no sistema imunológico das pessoas. É o estudo dos mecanismos de interação e comunicação entre a mente e os três sistemas responsáveis de manter o organismo equilibrado: o sistema nervoso, o imune e o endócrino.

A comunicação entre esses três sistemas se produz através de substâncias químicas geradas por eles, como os hormônios, os neurotransmissores e as citoquinas. Segundo as descobertas, os acontecimentos estressantes processados através da cognição da pessoa, ou seja, através do sistema de crenças e valores próprio de cada indivíduo, podem originar sentimentos negativos de cólera, raiva, depressão, falta de defesas e desesperança. As pessoas com esses sentimentos são consideradas possuidoras de índice emocional negativo.

As investigações sobre as contribuições do bom humor para a saúde são mais recentes e menos numerosas que os estudos sobre os efeitos danosos da tristeza, da angústia e da raiva (veja Ódio, Raiva e Psicossomática).

Um recente estudo sobre a atividade das células tipo “natural Killer”, importantes na imunidade contra tumores, mostrou os efeitos de programas que estimulam o riso e o bom humor no aumento da atividade desses componentes imunológicos, ao mesmo tempo em que os estados depressivos enfraqueciam esse aspecto da defesa orgânica (Takahashi, 2001).

Nesse sentido, Berk e colaboradores (2001) também puderam estudar a modulação neuroimunológica durante e depois de pacientes serem sido submetidos a programas associados ao bom humor e ao riso. Concluíram que o riso e o bom humor podem ter efeitos benéficos na saúde, recomendando esse tipo alternativo de terapia para melhora do bem estar e como coadjuvante ao tratamento médico formal.

Os efeitos do bom humor sobre a saúde física são tão evidentes que uma boa e sincera risada pode ter a importância de uma sessão de ginástica. Na psicossomática a medicina se preocupou, até agora, em mostrar os mesmos resultados de maneira inversa, ou seja, mostrando as relações entre determinadas emoções e a ocorrência de doenças cardíacas (veja Psicossomática e Cardiologia).

Na década de 1940, Flanders Dumbar já descrevia algumas características de humor e comportamento do paciente coronariano. Dizia que existia, entre os pacientes coronarianos, grande número de pessoas compulsivas, com tendência ao trabalho contínuo, hiperativos, que desprezavam as férias e não dividiam responsabilidades, além de negarem estar eventualmente emocionadas ou depressivas.

Essa foi, talvez, a primeira observação para a futura classificação e denominação da chamada Personalidade Tipo A, a qual se relacionaria à maior propensão para o infarto do miocárdio (veja mais). Abaixo, as características da Personalidade Tipo A, com asteriscos nos traços compatíveis com o mau humor.


fonte: PsiqWeb

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